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Rabugento o gelado ‘baptizado’ pelos consumidores

Por Andre Mussamo
11 de Junho, 2025
em Economia, Negócios

E a expansão para fora de Luanda fica por Benguela? 

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AM – O projecto está em pé. Estamos a criar as condições, conforme diz aqui o António Azevedo, tirar um gelado pressupõe uma série de factores que se resume em “uma arte” e a expansão passa pela criação de uma logística a nível de cada província onde ambicionamos chegar, porque sem ela, não conseguiríamos oferecer gelado Rabugento e não queremos correr este risco.

Por exemplo, quando nos instalámos em Benguela, tivemos alguma dificuldade de ordem logística e levamos quase um ano para acertar. Enfrentamos problemas decorrentes do estado das estradas e só agora acertamos os detalhes todos. A nível de outras províncias, fica mais difícil. Gostaríamos de ter chegado a Malanje, que é um dos pontos mais próximos, mas o estado das estradas é um problema enorme.

Qual é o total da força de trabalho que dá vida ao Gelado Rabugento. Neste momento, temos também um administrador?

AZ – Somos 342 pessoas e o administrador é um amigo antigo que veio trabalhar connosco e está a catapultar-nos para outros patamares. Passo a passo temos evoluído e não vamos mais rápido por estas dificuldades que o António Manuel acabou de enumerar.

Qual é a origem dos vossos produtos?

AZ – Nacional. Fazemos tudo aqui, se bem que matéria-prima é de importação. A única coisa de que dependemos do exterior é a maquinaria. Por isso, o nosso preço é mais baixo, porque, sendo nós a fazer, reduzimos custos. Oferecemos um óptimo produto e o segredo é o facto de estarmos a fazer tudo aqui, o que nos permite oferecer um óptimo preço. Para que as pessoas saibam, o nosso produto é de grande qualidade. O facto de às vezes as pessoas deduzirem que ‘é barato e por isso não deve prestar’ é pura mentira. Nosso gelado custa 700 Kwanzas, ainda assim é de alta qualidade. Pensamos no amplo público-alvo, desde quem venha de V8 ou de bicicleta, a nossa política é que todos consigam comprar o nosso gelado.

Planos futuros, por exemplo, a extensão do vosso negócio?

AZ – Os nossos planos passam por cobrir mais Luanda. Luanda é muito grande. Até Agosto, temos quatro postos para abrir. Vamos ter um na entrada do Calemba 2, no antigo Nosso Super que vai ser Muangole, abrimos recentemente no Cazenga, na zona da Frescangol, vamos ter no Golf 2 e vamos ter no Morro Bento. Já temos uma loja em reabilitação no Patriota e temos outra na zona do Gamek. Até 15 de Abril, pensamos que temos parte destes novos pontos abertos em Luanda.

E como é que anda a saúde do Rabugente, enquanto negócio?

AM – Bem, estamos todos afectados pela conjuntura global, mas é nossa missão defender o nome da empresa ou marca e, acima de tudo, defender os postos de trabalho que criamos. Ganha-se um dia e outro dia não, mas vamos empurrando. Isso é como tudo, estamos sempre à procura de políticas alternativas para lidar com o mercado, em função da oscilação cambial, e assim nos mantemos no mercado.

O gelado também é vendido em auto-caravanas

AZ – Porque já temos uma responsabilidade muito grande com o público, mas também com os nossos (trabalhadores) e as famílias. São muitas pessoas a dependerem de nós e das coisas que a gente cumpre direitinho. É assim que nos vemos, sempre na liderança, porque é assim que a gente se vê no mercado. Investimos, nós não somos daqueles que têm medo das dificuldades. Nossa visão é: o tempo passa, fica por cá tudo e é bonito ter um projecto como este. Preferimos ter obra feita do que ter só lucro. Lógico que ambicionamos o lucro, mas não é a preocupação imediata.

Aproveitando a deixa, percebo que o foco é o consumidor. Quem é o vosso consumidor?

AZ – Nós começamos por ter um consumidor que era a classe operária. Depois redefinimos, e agora atrevo-me a dizer que hoje toda a gente compra o Rabugento. Nós temos um atrativo que é ‘não vendemos bebidas alcoólicas’ e por quê? Não é por religião e nem algo parecido, e não temos nada contra quem o faz. Agora, a venda de álcool, muitas vezes, provoca um mal-estar. Nós temos muitas crianças e jovens nos nossos espaços. Criança que sai da escola e vem com o pai ou com a mãe, e nós nunca queremos alguém embriagado nos nossos estabelecimentos. Então, desde o início, adotamos uma política de ‘não álcool na venda do Rabugente’ e, com isso, conseguimos agregar no consumidor um público que abrange desde o neto ao avô. Posso dizer que hoje temos uma faixa ampla dos nossos clientes, que se torna difícil dizer se são jovens, netos ou avós. Quando vêm, chupam o gelado os dois… (Risos).

Acredita que é possível um bom convívio sem álcool?

AZ – É possível. Nós já fizemos grandes e várias festas, com muita alegria e sem uma gota de álcool. Apenas com o nosso gelado e outras bebidas frescas não alcoólicas. Temos condições logísticas criadas, fontes de energia alternativas que asseguram a conservação e qualidade dos nossos produtos.

AM – Acrescentar que o Rabugente não tem só gelado, hambúrguer e outros. Temos também a nossa própria área de frio, temos uma área que faz todo esse trabalho de madeira que estão a ver aqui…

AZ – Tudo isso somos nós próprios que fazemos.

No fundo, têm um serviço integrado?

AZ – Sim. Assim, procuramos reduzir o máximo de custos. Cada quiosque que vires da marca Rabugento é feito por nós. Não andamos a fazer nada fora. É uma logística grande que as pessoas não imaginam! Com estes postos todos em Luanda, temos de ter uma rede de distribuição. Se um dia visitar as nossas instalações, onde tudo é preparado, verá que só para sair um gelado, há toda uma máquina por trás…

AM – Se avariar o nosso gerador, uma arca, ou seja, o que for, a nossa equipe técnica repara logo se possível ou move-se e troca, enquanto a componente avariada vai para a oficina. É por isso que temos os nossos serviços a tempo e horas.

Pela descrição, estão satisfeitos com o andar das coisas no vosso negócio. Há rentabilidade. Vale a pena o negócio?

AZ – Sim, vale. Se não valesse, não estaríamos aqui, embora uma ou outra vez que batemos à porta do banco, não conseguimos receber o que pretendíamos, mas consegue-se um pouco para dar seguimento aos trabalhos e libertar o aperto do cinto. O investimento foi sempre bom. O que ganhamos, procuramos meter pouco no bolso para reinvestir.

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Tags: EntrevistaPequenas Empresas

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